Sanofi quer produzir 100 milhões de vacinas este ano

Afrancesa Sanofi vai produzir a vacina da Pfizer-BioNTech na fábrica de Frankfurt, na Alemanha
Afrancesa Sanofi vai produzir a vacina da Pfizer-BioNTech na fábrica de Frankfurt, na Alemanha Direitos de autor Mary Altaffer/AP
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De  Teresa Bizarro
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A farmacêutica francesa vai produzir a substância da Pfizer-BioNTech numa tentativa de ultrapassar a crise espoletada com os atrasos nos fornecimentos previstos para a União europeia

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100 milhões de infetados com Covid-19 desde o início da pandemia em todo o mundo. A fasquia foi ultrapassada nas últimas 24 horas e com isso aumenta a pressão para incrementar o processo de vacinação. A Sanofi anunciou vai começar a produzir a fórmula do consórcio Pfizer-BioNTech. A farmacêutica francesa não conseguiu desenvolver uma versão própria da vacina, mas não quis ficar de fora do processo. Objetivo: aliviar o pânico pela falta de vacinas contra a COVID-19 na União Europeia.

Bruxelas está a ser pressionada a esclarecer se os atrasos no fornecimento das substâncias vão continuar. A União Europeia apela à "transparência" das empresas farmacêuticas e quer controlar a exportação de doses produzidas no bloco.

Nas palavras de Eric Mamer, porta-voz da Comissão Europeia, "não se trata de bloquear; Trata-se de saber o que as empresas estão a exportar ou vão exportar para mercados fora da União Europeia"

No Reino Unido, outra definição de transparência. O ministro britânico da saúde diz que não é tempo de ser protecionista. 

"Gostaria de apelar a todos os parceiros internacionais para que, de facto, cooperem e trabalhem em estreita colaboração. Penso que o protecionismo não é a abordagem correta no meio de uma pandemia," diz Matt Hancock.

Na Alemanha, o Governador da Baviera alerta para as consequências dos atrasos no calendário de vacinação. Para Markus Soeder "a vacinação está a tornar-se um problema real" pela falta de vacinas. "Está a avançar-se muito mais devagar do que se poderia e psicologicamente está também a transformar-se num fardo," afirma.

Em plena crise, uma boa notícia. Um medicamento retroviral normalmente utilizado para tratar o cancro mostrou ser 100 vezes mais eficaz do que as substâncias atualmente utilizadas para controlar a doença.

O medicamento é fabricado em Espanha, está ainda a ser testado apenas em ratos, mas parece impedir a reprodução de todas as variantes do coronavírus.

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