As urnas estão abertas na Catalunha para a região e eleger o próximo governo. Com um eleitorado dividido, desiludido com o resultado do referendo pela independência e a covid-19, teme-se que ganhe a abstenção.
Na Catalunha mais de cinco milhões de eleitores são chamados às urnas, este domingo, para escolher o próximo governo regional, numas eleições ensombradas pela covid-19 e a provável alta taxa de abstenção.
O impacto estimado da pandemia deixa para já em aberto o futuro dos catalães, governados na última década por forças pró-independência.
A grande aposta do primeiro-ministro Pedro Sánchez para conquistar a Catalunha é Salvador Illa. O ex-ministro da Saúde, do Partido dos Socialistas da Catalunha (PSC), aparece à frente nas sondagens, mas tem poucas hipóteses de tirar os independentistas do poder.
Os partidos separatistas aparecem bem colocados nas sondagens, mas precisam dos votos de um eleitorado fragmentado e desiludido com a tentativa falhada de independência da região em 2017.
Do lado dos unionistas é a radicalização do eleitorado que mais coloca questões. De acordo com as sondagens, o partido de extrema-direita Voxx vai garantir pela primeira vez assentos no parlamento catalão.
Sem nenhum partido a assumir claramente a liderança nas sondagens, PSC, Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) e o Junts, defensor do referendo à independência, estão praticamente em empate técnico.
Anteveem-se coligações de forças políticas, deixando em aberto a possibilidade de uma aliança de independentistas, ou a união dos socialistas aos separatistas mais pragmáticos, da Esquerda Republicana.