Joe Biden quer renovar aliança transatlântica, com os Estados Unidos a lutar ao lado da Europa pela democracia e contra ameaças globais.
Joe Biden quer renovar a Aliança transatlântica. No seu grande discurso de política externa na Conferência de Segurança de Munique, o novo presidente dos Estados Unidos da América afirmou estar disponível para lutar ao lado dos aliados europeus pela democracia e contra as ameaças globais.
Num claro corte com a política de Donald Trump, Joe Biden disse estar determinado em recuperar a confiança da Europa.
"Eu sei, que os últimos anos colocaram sob tensão e testaram a nossa relação transatlântica. Mas os Estados Unidos estão determinados, determinados a voltar a relacionar-se com a Europa. Para consultá-la, para reconquistar a nossa posição de liderança de confiança".
Biden fez questão de frisar que sob os seus comandos, e ao contrário do que aconteceu com o seu antecessor, os Estados Unidos voltam a estar estar presentes nas grandes iniciativas globais.
"Os Estados Unidos estão de volta. Portanto, vamos juntar-nos e demonstrar aos nossos tetranetos, quando lerem sobre nós, que a democracia, a democracia, a democracia funciona e trabalha, e juntos não há nada que não possamos fazer. Por isso, vamos lá trabalhar. Muito obrigado".
O presidente norte-americano afirmou, ainda, que não se pode fazer apenas o mínimo para enfrentar as alterações climáticas e que os Estados Unidos estão disponíveis para voltar à mesa das negociações com o Irão, tendo por base o acordo nuclear de 2015.
Joe Biden acusou, ainda, a Rússia de "atacar as democracias" ocidentais afirmando que "Vladimir Putin procura enfraquecer o projeto europeu e a nossa aliança da Nato. Pretende sabotar a unidade transatlântica e a nossa determinação, porque para o Kremlin é mais fácil intimidar e ameaçar os Estados isoladamente em vez de negociar com uma comunidade transatlântica forte e unida", concluiu.
A participar nesta conferência, este ano em modo virtual esteve, também, Bill Gates. O empresário afirmou que os países devem investir mais na ciência e no desenvolvimento, para prevenir as tragédias como as pandemias ou as alterações climáticas.
Já o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, criticou a fragmentação da ação internacional em resposta aos problemas globais.