Nikol Pashinyan resiste mas a comunidade internacional está preocupada

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De  Bruno Sousa
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Manifestantes passam noite junto à Assembleia da República para pedir a demissão do primeiro-ministro, Pashinyan diz que será o povo a decidir o seu futuro

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Os manifestantes que exigem a demissão de Nikol Pashinyan na Arménia não baixam os braços, passaram a noite em frente à Assembleia Nacional e garantem que irão continuar na rua enquanto o primeiro-ministro não abandonar o cargo. Uma vontade partilhada pelos militares, o que já levou o chefe do governo arménio a queixar-se de uma tentativa de golpe de estado. A comunidade internacional está preocupada e os apelos à calma têm sido unânimes.

Ned Price, porta-voz da diplomacia dos EUA, refere que a situação na Arménia está a ser acompanhada de perto e que pedem "prudência a todas as partes para evitar qualquer ação violenta", lembrando que "um dos princípios básicos da democracia é a não-intervenção das forças armadas na política doméstica".

O discurso de Stéphane Dujarric, porta-voz do Secretário-geral da ONU, não é muito diferente:

"Pedimos prudência e encorajamos o diálogo para evitar o escalar de tensões e resolver as diferenças políticas. Isso precisa de ser feito com total respeito pela constituição e pelo processo democrático."

O centro da polémica está Nikol Pashinyan. O primeiro-ministro arménio admite que pensou em pedir a demissão, mas sublinha que terá de ser o povo a decidir o seu futuro, tendo juntado cerca de 20 mil apoiantes nas ruas de Erevan.

O líder arménio está sob fogo cerrado desde a derrota no conflito com o Azerbaijão, que a oposição considera humilhante e que retirou ao país uma parte considerável do controlo que detinha no Nagorno-Karabakh.

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