Sete anos depois da anexação da Crimeia pela Rússia presidente ucraniano promove cimeira internacional para tentar recuperar território.
Sete anos depois da anexação da Crimeia pela Rússia um grupo de resistentes saiu à rua para marcar a sua posição hasteando as bandeiras da região e da Ucrânia, enquanto as autoridades ucranianas não desistem de recuperar o território.
O presidente do país criou um fórum de diálogo, "Plataforma da Crimeia", e convocou uma cimeira internacional, para 23 de agosto, com o objetivo de reunir apoios.
Na página da Casa Branca, na internet, o presidente dos EUA, Joe Biden, escreveu "reafirmamos uma verdade simples: a Crimeia é a Ucrânia".
O chefe da Diplomacia ucraniana passou por Paris para começar a promover o encontro patrocinado pelo presidente Volodymyr Zelensky que quer a Rússia sentada à mesa das negociações com o apoio de França e Alemanha. Uma cimeira a quatro, na Normandia, para fazer "as coisas avançarem", afirmou Dmytro Kuleba.
França está do lado ucraniano nesta batalha e, tal como muitos outros países, nunca reconheceu a anexação do território. "França não reconhece e não reconhecerá esta anexação e, no geral, apoiamos a soberania, a integridade territorial da Ucrânia dentro das suas fronteiras que são reconhecidas internacionalmente", explicou o ministro dos Negócios Estrangeiros gaulês, Jean-Yves Le Drian.
Enquanto a União Europeia continua a denunciar a anexação da Crimeia como "violenta e ilegal", o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou à principal agência de contraespionagem do país que redobre esforços para lidar com o que descreve como tentativas ocidentais de desestabilizar a Rússia.
Foi em março de 2014 que a Crimeia realizou um referendo que, diz quem o organizou, terminou com mais de 95% dos habitantes a quererem quebrar os laços com Kiev. Dois dias depois Putin e os dirigentes da Crimeia e de Sebastopol assinavam, no Kremlin, tratados para a incorporação desses territórios na Federação Russa.