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Condição da mulher em África é difícil

Vendedora do Asa Branca, Edna Manassa, com correspondente da Euronews, Neusa e Silva
Vendedora do Asa Branca, Edna Manassa, com correspondente da Euronews, Neusa e Silva Direitos de autor  Euronews
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De Neusa Silva & João Peseiro Monteiro
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A igualdade de género tem um longo caminho a percorrer. No dia Internacional da Mulher, a Euronews ouviu vários testemunhos sobre a condição feminina no continente africano

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A condição da mulher africana tem ainda um longo caminho a percorrer, rumo à igualdade de género.

Edna Manassa tem 35 anos, está grávida do terceiro filho e é vendedora no mercado do Asa Branca, em Luanda. Cresceu e criou o próprio negócio no mesmo mercado onde a mãe vendia. Apesar das dificuldades, vai à escola três dias por semana. Afirma que começou a criar esta força quando em criança acompanhava a mãe na venda.

Edna faz parte de uma classe social que representa mais de 60% das mulheres economicamente ativas fora do setor formal, nos países em desenvolvimento, que dificilmente têm acesso a serviços de proteção social básica.

A primeira-dama de Angola, Ana Dias Lourenço, sublinha que “depois desta pandemia, o grande desafio será o de enfrentar e resolver os problemas que nos nossos países se agravaram, por força dos confinamentos e de retração económica, nomeadamente a violência doméstica, a violência baseada no género, o desemprego, particularmente o feminino, porquanto são as mulheres que têm mais dificuldades em manter o emprego em situação de crise.”

De acordo com a conselheira da ONU Mulheres de Moçambique, a violência doméstica e o assédio sexual são dois dos principais fatores que impedem o acesso ou a permanência da mulher no mercado de trabalho formal. Para Rosalina Nhachote, “um dos grandes desafios (...) dentro do setor de trabalho é lidar com questões sobre assédio sexual no local de trabalho, porque depois estas questões são muito enfraquecidas pela questão da prova, ou seja eu sou assediada e eu tenho que gerar prova.”

A última atualização do barómetro de género a nível da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral aponta para um retrocesso de, pelo menos, 5 anos em questões de salvaguarda dos direitos das mulheres.

A fundadora do Fórum das Mulheres Africanas Inovadoras e Empreendedoras (AWIEF), a sul-africana Irene Ochem, considera que “A violência de género está bastante disseminada em África, e (...) que não existe nenhum país africano que tenha legislação suficiente, suficientemente poderosa e que a implemente seriamente para impedir a violência contra as mulheres.”

Apesar do quadro atual, existem várias histórias de superação, onde mulheres africanas ocupam lugares de destaque, um pouco por todo o mundo, o exemplo mais recente é o da eleição da nigeriana Inclui resultados para OMC nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala para o cargo máximo da Organização Mundial de Comércio.

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