Em 2012 grupos de extremistas islâmicos destruíram nove mausoléus em Timbuktu
Na terça-feira, o Mali foi palco de uma cerimónia simbólica para recordar os danos provocados por extremistas islâmicos nos mausoléus de Timbuktu, património da Humanidade.
Em 2016 o Tribunal Penal Internacional condenou pela primeira vez um indivíduo por crimes de guerra contra monumentos culturais e históricos.
"O que foi destruído nesta parte do mundo, nesta bela cidade de Timbuktu, não foram apenas as pedras que foram demolidas, mas uma herança comum que faz parte da nossa identidade" afirmou Fatou Bensouda, procuradora-chefe do TPI.
"Graças a todos vós, todos os mausoléus estão agora de pé e os manuscritos foram colocados em locais seguros e preservados para análise científica para benefício da Humanidade", adiantou o vice diretor-geral da Unesco, Qu Xing.
O tribunal com sede em Haia condenou Ahmad al Faqi al Mahdi a nove anos de prisão em 2016 por ter liderado grupos de extremistas na destruição de nove mausoléus em 2012.
Os locais de culto datam dos séculos XV e XVI quando Timbuktu era um centro de espiritualidade e conhecimento islâmico.