Enquanto a Índia bate novo recorde diário de mortes, França e apesar do número elevado de casos deve abrir escolas e levantar restrições às viagens.
PUBLICIDADEA Índia bateu um novo recorde diário de mortes por Covid-19. Mais 2.624 óbitos em 24 horas. Já morreram no país, desde o início da propagação do vírus, quase 190.000 pessoas.
Falta oxigénio nos hospitais, que estão a "rebentar pelas costuras" devido às centenas de milhares de novos casos diários, quase um milhão de em três dias. E o drama pode ser muito maior.
Um líder religioso de um templo Sikh, Gurpreet Singh, explicava que estão a ajudar aqueles que estão a morrer sozinhos "em casa por falta de oxigénio" e que não estão a receber ajuda estatal. "Em 24 horas salvámos 550 vidas. Com o nosso pequeno esforço as pessoas estão a ser salvas", afirmava.
França prepara-se para levantar as restrições às viagens e para reabrir escolas, apesar da situação ser ainda dramática, com 32.000 novos casos em 24h e as unidades de cuidados intensivos a terem já ultrapassado a sua capacidade de internamentos, a nível nacional. Nos hospitais vive-se uma corrida contra o tempo.
Alexy Tran Dinh, médico da UCI do hospital Bichat–Claude Bernard, em Paris, explicava, e em relação a uma paciente, que se lhe retirarem as máquinas que a ajudam a respirar, e "tendo em consideração a sua capacidade de oxigenação, ela morre em poucos minutos, talvez menos. Isto mostra até que ponto não há margem para erros", desabafava.
Já a Hungria reabriu, este sábado, as esplanadas. O número de pessoas inoculadas contra a Covid-19 é já de 3,5 milhões, de acordo com o Primeiro-Ministro Viktor Orbán, numa entrevista à rádio pública. Mas continua a haver restrições. O recolher é obrigatório a partir das 23 horas.
No país o número de novos casos, nos últimos três dias, diminuiu. O de mortes têm-se mantido, mais ou menos, estável acima das 200, diariamente.