Cruzeiros querem recuperar ano perdido

Cruzeiros querem recuperar ano perdido
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De  Symela Touchtidou
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As primeiras embarcações já percorrem águas europeias. Operadores garantem medidas de segurança elevadas

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No ano que abalou todos os negócios à volta do Turismo, o setor dos cruzeiros foi particularmente afetado. Os gigantes do transporte marítimo tranformaram-se em navios-fantasma durante a pandemia. A duas semanas do início do verão, as empresas começam a retomar a atividade, sobretudo no Norte da Europa e no Mediterrâneo. Apoiadas em fortes protocolos de segurança, contam com o progresso dos programas de vacinação na Europa.

"Estamos muito entusiasmados por estarmos de volta. Temos um grande enfoque na segurança e saúde dos nossos convidados e tripulação e sentimo-nos muito confiantes de que, seguindo os protocolos, voltaremos fortes," afirma Manolis Alevropoulos comandante e vice-presidente da ‎Celebrity Cruises.

Para além dos procedimentos de desinfeção a bordo, as companhias garantem que todos os membros da tripulação estão vacinados. Os passageiros também só podem embarcar com prova de vacinação ou com um resultado negativo do teste à Covid-19.

O termo usado pela indústria é "bolha de viagem". A ideia é manter a segurança, desviando a rota de potenciais áreas de infecção. As empresas querem levar as pessoas de volta a bordo dos navios e as companhias estão conscientes de que o risco é elevado e que não se podem permitir ficar de novo com embarcações paradas em quarentena com passageiros infetados pela Covid-19.

Pierfrancesco Vago, presidente da Associação Internacional de Cruzeiros e da MSC Cruises, explica que, para garantir a segurança dos passageiros, criaram a "bolha de segurança". "Todas as pessoas que trabalham no navio são completamente examinadas. Quando chegamos a um destino, coordenamo-nos com as autoridades locais e, no nosso caso, adoptamos a abordagem "bolha" também no destino. Por enquanto, os nossos clientes que visitam um sítio não se misturam com a população local. Vão em autocarros onde o condutor, o guia turístico, são todos controlados e levamo-los para um ambiente em que, mais uma vez, são todos testados," adianta o responsável.

As regras não estão uniformizadas em toda a indústria. Variam conforme o operador e os portos de destino. Por exemplo, no Chipre, os passageiros de cruzeiro não têm restrições de circulação. 

O ministro cipriota do Turismo justifica-se dizendo que existe "um protocolo de entrada muito seguro" e considera que "a partir do momento em que sentimos que é seguro entrar no país, não há razão para não deixar que as pessoas desfrutem da ilha". 

O governo de Nicósia não esconde que quer voltar a fazer parte da rota das grandes embarcações. "Para Chipre, a pandemia deu-nos a oportunidade de tirar partido da crise. Vou dar-vos um exemplo: pela primeira vez, a Royal Caribbean escolheu o Chipre como porto de origem," reevela Savvas Perdios.

O setor dos cruzeiros quer recuperar o tempo e os prejuízos do último ano. Até Agosto, cerca de 60 navios de cruzeiro devem percorrer as águas do espaço europeu.

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