Em 2017, Ratko Mládic tinha sido considerado culpado do genocídio de bósnios em Srebrenica, crimes contra a Humanidade e violações marciais.
Um coletivo de juízes no âmbito da ONU confirmou a prisão perpétua de Ratko Mládic. Em 2017, um tribunal internacional declarou Mladić culpado de 10 de 11 acusações - genocídio de bósnios em Srebrenica, crimes contra a Humanidade, violações de leis e costumes de guerra - e condenou-o a prisão perpétua, tendo-o absolvido de uma acusação de genocídio em seis municípios da Bósnia, em 1992.
Na altura, a justiça internacional deu como provado que "Mládic pôs em marcha, sob o controlo de oficiais subordinados, uma operação bem organizada em grande escala que assassinou mais de 7.000 homens e rapazes em poucos dias e retirou à força mais de 30.000 mulheres, crianças e homens idosos do território", segundo o procurador Dermot Groome.
A acusação inicial foi apresentada em 1995, e após 16 anos em fuga, Mladić foi preso na casa de um primo na aldeia de Lazarevo, em 2011.
A equipa de defesa Mladić tinha apresentado um recurso da sentença original. A acusação respondeu solicitando que fosse declarado culpado também do genocídio cometido nos seis municípios bósnios, em 1992.
Desde o início do julgamento em 2012, a defesa alegava que o estado de saúde do antigo general é precário, impedindo-o de acompanhar o processo.
Entre recursos e substituições de juizes, o processo arrastou-se. As famílias das vítimas esperavam o que reservava a justiça humana a um dos mais desumanos militares da história da Europa, que ficou conhecido como o "Carniceiro dos Balcãs".