Eleições na Argélia com pouca afluência

As eleições legislativas deste sábado, na Argélia, ficaram marcadas pela baixa afluência às urnas.
De acordo com a última atualização da autoridade eleitoral, feita ainda com as urnas abertas, menos de 15% dos 24 milhões de eleitores do país tinham votado.
Em algumas regiões, nomeadamente em Kabylie, um bastião da oposição, a leste de Argel, a afluência foi inferior a 1%. Algumas assembleias de voto foram vandalizadas, e foram denunciados confrontos em algumas localidades da região.
O escrutínio deveria servir de exemplo para a "nova Argélia" do presidente Abdelmadjid Tebboune, com ênfase nos jovens candidatos, em especial naqueles que não pertencem à elite política do país.
Estas foram as primeiras eleições legislativas na Argélia desde que o antigo presidente Abdelaziz Bouteflika foi obrigado a abandonar o cargo em 2019, depois de 20 anos no poder.
O escrutínio decorreu sob forte tensão com ativistas e partidos da oposição a apelarem ao boicote, no meio de uma repressão das marchas semanais do movimento de protesto Hirak, que foram praticamente proibidas ao abrigo das novas regras para as manifestações.