Bielorrússia "abre" fronteira com Lituânia

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Direitos de autor Mindaugas Kulbis/Copyright 2021 The Associated Press. All rights reserved.
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De  Teresa Bizarro
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O número de migrantes ilegais que entra em território lituano vindos da bielorrússia aumentou seis vezes em junho

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Uma antiga escola na aldeia lituana de Vereniejai é agora um campo de refugiados. O número de migrantes ilegais a chegar à Lituânia tem crescido nas últimas semanas. Vêm de África ou do Médio Oriente, numa rota que passa pela vizinha Bielorússia.

Sem querer, estes migrantes tornaram-se balas do regime de Lukachenko no ataque à União europeia pelas sanções a Minsk.

Mustafa Hussein Hanad é iraquiano, partiu de Bagdad e explica que em Minsk deu "1400 dólares a alguém" para o levar à floresta e mostrar o caminho para entrar na Lituânia. "Disseram-me: vai por aqui. Depois caminhei," conta.

Uma travessia que para alguns é em si uma história de terror. Haidar Al-Garawg, também iraquiano, diz que "foi difícil" chegar à Lituânia. "Enfrentámos animais selvagens e muitas outras coisas. Pensei que íamos morrer naquela floresta", revela por entre o gradeamento que separa os migrantes dos repórteres. 

Ao lado, um camaronês, assume que veio tentar melhor sorte. "Nos media vi pessoas a vir, por isso pensei que a fronteira estava aberta e arrisquei," afirma.

A Lituânia paga a fatura das sanções impostas pela União Europeia à Bielossrrúsia. Agravada pelo facto de ter dado asilo à principal líder da oposição. Sviatlana Tsikhanouskaya, líder da oposição bielorrussa, não tem dúvidas de que "é obviamente uma tentativa de vingança do regime sobre a Lituânia e toda a União Europeia pelo apoio à sociedade civil na Bielorrússia".

De acordo com a Agência Europeia de Fronteiras (Frontex), o número de passagens ilegais da Bielorrússia para a Lituânia aumentou seis vezes em junho. Um ritmo que acelerou ainda mais este mês. A maior parte destes migrantes deverá ser repatriado.

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