Dez anos após os ataques em Oslo e Utoya, chefe do Governo da Noruega destaca capacidade do país para lidar com o terrorismo durante homenagem às vítimas
A Noruega acordou de luto, esta quinta-feira, para assinalar o décimo aniversário do massacre de Utoya, que, no total, resultou em 77 vítimas mortais.
Na cerimónia de homenagem, que reuniu figuras de Estado e sobreviventes, a primeira-ministra norueguesa, Erna Solberg, destacou as diferenças em relação ao passado e a atual capacidade do país para lidar com o terrorismo.
"Não podemos deixar que o ódio fique sem resposta. O terror mostrou-nos que era necessário reforçar a preparação na Noruega. Temos trabalhado nisso sistematicamente. Nos dez anos que se passaram, cumprimos todas as recomendações da comissão de 22 de julho. A capacidade da Noruega para lidar com o terrorismo e a criminalidade grave é mais forte do que nunca", afirmou a chefe do executivo.
Familiares e sobreviventes questionam-se, no entanto, sobre a forma como a Noruega se reergueu da tragédia na última década. Para muitos, ainda a lidar com o trauma, o ódio e o racismo continuam presentes e constituem uma ameaça ao futuro da democracia no país.
Ao longo do dia outras cerimónias, como a missa na Catedral de Oslo, um concerto e o discurso do rei Harald V, vão também recordar as vítimas.