Austríacos, os campeões do gelado italiano

Às dez da manhã, Silvio Molin-Pradel já está a servir os primeiros clientes. É italiano mas vive em Viena, na Áustria, onde tem uma gelataria.
Os austríacos desenvolveram o gosto pelo gelado italiano durante o Império Austro-Húngaro, quando muitos produtores da zona das Dolomitas, na Itália se mudaram para a Áustria.
Silvio faz parte de uma geração desses produtores. Está à frente do negócio que a família criou ali, em 1880, depois de fugir da região das Dolomitas, para fugir à pobreza extrema que enfrentavam naquela zona montanhosa, em Itália.
Começaram como vendedores ambulantes, com carrinhos pequenos. Hoje, é bem diferentes, as doses são industriais. Viena é a cidade com mais gelatarias da Europa em proporção com a densidade populacional. Silvio explica que o segredo para um bom gelado está nos produtos.
Usa leite orgânico e compra manteiga, iogurte e frutas todos os dias.
O Império Austro-Húngaro foi um dos primeiros a tornar o gelado italiano acessível. Agora, os austríacos são os campeões do consumo desta iguaria. Consomem em média 8 litros de gelado por ano, enquanto que os italianos consomem em média 6 litros por ano.