Dias de terror em Eubeia

As chamas continuam a devorar a ilha gregade Eubeia pelo quinto dia consecutivo. Na segunda ilha mais populosa da Grécia não há memória de uma tragédia desta dimensão. O governo grego reconhece que a capacidade de resposta dos bombeiros está no limite. Apelou à ajuda internacional e mais de 20 países da Europa e do Médio Oriente responderam, enviando equipas operacionais, aviões e helicópteros - 112 bombeiros romenos e 100 ucranianos estão já no terreno.
O incêndio destruiu a floresta primitiva e invadiu várias localidades. Populares juntam-se aos bombeiros no esforço de proteger as casas do fogo, mas nem sempre têm sucesso.
"Não tivemos ajuda. Tentámos usar o sistema de rega dos campos, mas não dava para os para os incêndios e não nos valeu. Chegaram um ou dois helicópteros, mas também não fizeram muito. Fomos completamente abandonados. Não havia brigadas de bombeiros, não havia veículos, nada", desabafa David Angelou, um dos milhares de residentes obrigados a fugir de barco e a deixar a casa para trás.
O fogo avança em duas frentes, visíveis do espaço. As densas colunas de fumo e cinzas tornam a utilização de meios aéreos particularmente difícil e perigosa.
Os incêndios de Eubeia são alimentados pelas temperaturas extremas que se fazem sentir na Grécia. É a maior e mais prolongada vaga de calor dos últimos 30 anos. As temperaturas subiram acima dos 45 graus vários dias, criando combustível para o fogo avançar.