Grupo organiza vigílias anuais sobre "massacre de Tiananmen"
A polícia de Hong Kong deteve, esta quarta-feira, quatro líderes do grupo que promovia no território as vigílias anuais sobre o chamado "massacre de Tiananmen".
De acordo com as autoridades, os membros da Aliança de Hong Kong de Apoio aos Movimentos Democráticos da China foram detidos após se terem recusado a cooperar numa investigação policial.
A organização está entre os grupos pró-democracia sob investigação ao abrigo da Lei de Segurança Nacional imposta por Pequim para eliminar a dissidência após os protestos de 2019 em Hong Kong.
Em agosto, a polícia ordenou à Aliança que entregasse informações financeiras e operacionais, acusando-a de ser um "agente estrangeiro".
A organização optou por ignorar o pedido, que incluía dados pessoais de todos os membros desde a sua fundação em 1989, todas as atas de reuniões e relatórios financeiros, e todos os intercâmbios com ONG's que defendem a Democracia e os Direitos Humanos na China.
Na terça-feira (07 de setembro), o prazo para responder aos pedidos da polícia, os membros da Aliança apresentaram uma carta explicando que o pedido era ilegal, arbitrário e que não tinham sido apresentadas provas de um crime.
A Aliança rejeitou, também, a acusação de ser um "agente estrangeiro", explicando que se tratava de um grupo local a trabalhar para o povo de Hong Kong.
A força policial encarregada da segurança nacional em Hong Kong emitiu uma declaração, na terça-feira à noite, avisando que quem não cooperar com as investigações poderá ser multado e preso por um período até seis meses.