Ministro da Defesa taiwanês estima que, dentro de poucos anos, Pequim tenha a capacidade plena para uma intervenção militar na ilha
Taiwan diz temer uma invasão da China. Perante a escalada de tensão com Pequim, acentuada pela entrada de mais de 150 aviões militares chineses no espaço aéreo do território, o ministro taiwanês da Defesa diz que, ao longo das últimas quatro décadas, as relações com o governo chinês nunca estiveram tão más, receando um cenário difícil para a ilha.
"Não queremos levar a cabo quaisquer ações provocatórias, mas, se os irritamos, é como irritar uma pessoa. Uma pessoa agarra tudo o que está à mão quando está irritada. Portanto, de acordo com os nossos cálculos, em 2025 eles a capacidade militar [necessária])", afirmou Chiu Kuo-Cheng.
Um dos fatores a ter em conta por Pequim, numa possível operação militar, é a intervenção dos Estados Unidos da América a favor de Taiwan.
Aos jornalistas, Joe Biden revelou ter já falado como o homólogo chinês e chegado a acordo.
"Concordámos em respeitar o acordo de Taiwan. Somos assim e deixámos claro que não ele não deverá fazer outra coisa que não cumprir o acordo", disse Biden.
Entretanto, esta quarta-feira, chegou a Taiwan um grupo de senadores franceses, para uma visita de cinco dias. Contra advertências da China, a comitiva vai encontrar-se com altas patentes do regime na ilha, para a qual França já vendeu armas.