A história de mulheres abusadas em esculturas e imagens históricas.
Beleza Intensa e vivacidade. Era assim que o grande escultor barroco Gian Lorenzo Bernini caracterizava Costanza há quatro séculos, mas alguns meses depois de ter feito o busto da amada, desfigurou-a. A razão: ciúmes.
Para celebrar Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, o Museu Uffizi, em Itália, decidiu narrar a história de mulheres abusadas através de esculturas e imagens, porque a arte pode relembrar o passado e ajudar-nos a mudar o futuro.
No século XVII foi utilizada uma faca, hoje em dia é comum recorrer ao ácido, mas o alvo continua a ser o mesmo: o rosto da mulher, a sua identidade e liberdade.
Ao todo, 103 centros ajudam mais de 20 mil mulheres vítimas de violência todos os anos, em Itália. Mulheres que fogem da violência doméstica e dos abusos. Oferecem-lhes abrigo e proteção, para que possam conquistar a autonomia e a liberdade. Mas antes de mais, as mulheres devem ser ajudadas para conseguirem dar o primeiro passo.
A cultura desempenha um papel fundamental, o ambiente sexista e de opressão ainda domina a vida e a liberdade das mulheres - quatro séculos depois da beleza de Costanza ter sido arruinada, pela violência de um homem.