O estado de saúde de Zhang Zhan, que se encontra em greve de fome, agravou-se. A jornalista acompanhou o início da covid-19 em Wuhan, na China, e está detida por "suscitar discussões"
O silêncio de Pequim "pode ser mortal". Aumenta o coro de vozes que pedem a libertação de Zhang Zhan, uma antiga advogada e jornalista chinesa que cobriu as primeiras semanas da pandemia de Covid-19 na cidade de Wuhan, onde foi detetado o primeiro caso. Está detida desde maio de 2020 e foi condenada a quatro anos de prisão por "suscitar discussões e causar problemas".
Na última semana, as Nações Unidas juntaram-se a dezenas de organizações internacionais na exigência da libertação imediata de Zhang.
Zhang tem utilizado a greve de fome como protesto pela detenção. Com 1,77 de altura, pesa nesta altura, segundo informações da família, 40 quilos e o estado de saúde agravou-se de tal forma que está completamente dependente de terceiros.
Para a ONU, a "falta de atuação rápida e eficaz das autoridades chinesas pode ter consequências fatais". O governo de Pequim não fez até agora qualquer comentário.