Gazprom nega cortes de gás para manipular preços na Europa

A Gazprom nega que haja cortes no fornecimento de gás para manipular os preços. A gigante russa diz que as acusações que lhe são feitas são "infundadas, inaceitáveis e falsas".
As criticas surgiram porque o gasoduto Yamal-Europa que, normalmente, envia gás russo para a Europa Ocidental está a funcionar em sentido inverso, ou seja, a alimentar a Polónia passando pela Alemanha, mas a empresa descarta responsabilidades.
Sergey Kupriyanov, representante da Gazprom disse que "de acordo com os dados disponíveis, existe uma inversão, em termos físicos, de gás da Alemanha para a Polónia e, aparentemente, para a Ucrânia".
O gás está a ser "bombeado para fora das instalações de armazenamento subterrâneo na Alemanha, de onde 47%" já saiu e o inverno está apenas a começar", frisou o porta-voz da empresa russa, acrescentando não querer "sequer falar no custo disso".
"Estes preços são bem mais elevados do que os dos volumes contratuais fornecidos pela Gazprom. Conclusão: todos os problemas na Europa Ocidental são criados pelos próprios países e não há necessidade de culpar a Gazprom. É melhor olharem-se ao espelho", atirou.
A Gazprom diz, aliás, que muitos países da Europa já receberam todo o gás contratado para este ano e que não fizeram novos pedidos, ou seja, a torneira está temporariamente fechada.
Os preços do gás na Europa subiram para um nível recorde na última semana devido a esta situação, mas a Rússia, e apesar da tensão por causa da Ucrânia, garante que não há motivações políticas.