UE e NATO condenam ciberataque ao governo da Ucrânia

O ciberataque de que foi alvo esta sexta-feira o governo da Ucrânia suscitou imediatamente as reações e condenações dos ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros da União Europeia, reunidos em Brest, no norte de França.
O ataque não foi reivindicado, mas a chefe da diplomacia sueca, Anne Linde, frisou: "Esta é exatamente uma das coisas para as quais temos alertado e das quais temos receio - esse tipo de ataques híbridos ou cibernéticos. É claro que temos de ver quem é responsável por isso. E é também algo que está a aumentar a tensão. É por isso que temos de ser muito firmes nas nossas mensagens à Rússia de que, se houver ataques contra a Ucrânia, seremos muito duros e cautelosos, fortes e robustos na nossa resposta".
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, não só condenou o ataque como anunciou que nos próximos dias a aliança assinará com Kiev um acordo de cooperação cibernética.
Stoltenberg reordou que os peritos cibernéticos da NATO têm estado em contacto com os homólogos ucranianos a trocarem informações sobre as atividades maliciosas em curso e que peritos aliados no país estão a apoiar as autoridades ucranianas.
Foram atacados os sites de vários ministérios ucranianos, e deixadas mensagens de ameaças ao país, em língua russa, polaca e ucraniana. A polícia abriu um inquérito.
O ataque surge num contexto de forte tensão entre a Ucrânia e a Rússia e a Rússia e os aliados ocidentais de Kiev.