Conselho de segurança reúne a pedido dos Estados Unidos
O Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) reúne esta segunda-feira, a pedido dos Estados Unidos, para debater a escalada de tensão entre Moscovo e Kiev. Washington considera que a presença de mais de 100 mil soldados russos na fronteira ucraniana é uma ameaça à paz mundial, e defende mais empenho na "diplomacia preventiva". A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, diz que é importante que Moscovo tenha uma oportunidade para se explicar.
Numa altura em que se repetem as visitas de apoio de políticos do ocidente à capital ucraniana, a Rússia continua a negar qualquer plano de invasão e sublinha a vontade de manter relações bilaterais de respeito com os Estados Unidos.
Europa "está a viver o momento mais perigoso desde a Guerra Fria"
O alto representante da União Europeia para a Política Externa defendeu este domingo que a Europa "está a viver o momento mais perigoso desde a Guerra Fria". "A Rússia está a fazer uma guerra de nervos, por isso temos de ser firmes", disse Josep Borrell num artigo publicado no seu blogue 'Uma janela sobre o mundo' e citado pela agência espanhola de notícias, a Efe.
Apesar do perigo, Borrell defendeu que é preciso seguir a recomendação do presidente da Ucrânia e evitar o pânico, e escreveu que é por isso que a União Europeia decidiu manter a presença diplomática em Kiev.
Com o aumento das tensões nas fronteiras orientais da União Europeia, a "unidade" é a "força" dos 27, disse o chefe da diplomacia europeia, que defende a manutenção das "vias gémeas da diplomacia e dissuasão" para abrandar o conflito "utilizando todos os caminhos possíveis", e ao mesmo tempo manter o apoio à Ucrânia.