A reportagem da Euronews esteve na linha da frente da zona de conflito entre a Ucrânia e a Rússia, onde as tropas se dizem preparadas para o combate
A cidade fronteiriça de Avdiyvka, onde o exército ucraniano tem vindo a combater os separatistas apoiados pela Rússia, tem vivido à sombra da guerra prolongada por quase 8 anos.
Mas, recentemente, o temor de que a Rússia possa lançar um ataque aumentou o nível de alerta.
A tensão é palpável na linha da frente, como refere o tenente Serhiy: "Há uma tensão constante na linha da frente, não sentimos qualquer ameaça adicional agora, uma vez que, aqui, estamos constantemente sob a ameaça. Estamos sempre em plena prontidão de combate e podemos combater qualquer ataque inimigo se eles se moverem na nossa direção".
O tenente Serhiy, de 25 anos, não acredita que a Rússia se atreva a iniciar uma invasão em grande escala, enquanto a tenente Tatiana Zaritska, de 39 anos, diz que se a Rússia o fizer, as tropas russas enfrentarão uma resistência feroz e pesadas perdas.
"Estamos prontos para qualquer desenvolvimento. O exército ucraniano tem estado em guerra com o agressor russo desde 2014. Estamos treinados, conhecemos as táticas do inimigo, temos uma motivação muito elevada, estamos na nossa terra, o povo ucraniano está connosco, sabemos que as nossas famílias estão à nossa espera em casa e que protegemos os ucranianos comuns que precisam de uma vida pacífica. E vamos até ao fim", afirma.
Embora Moscovo tenha repetidamente negado os seus planos de invasão e dito que a acumulação de tropas faz parte do destacamento de rotina, o receio da invasão russa continua a ser real, especialmente aqui nesta posição do exército ucraniano a apenas 500 metros das trincheiras do inimigo na eminência do súbito estouro das armas de fogo a ecoar sobre os campos.