Macron telefona a Putin para negociar crise com Ucrânia

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Direitos de autor AP Photo/Efrem Lukatsky
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União Europeia prepara pacote de sanções à Rússia, em caso de invasão.

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Com a Conferência de Segurança em Munique ainda a decorrer, Emmanuel Macron voluntariou-se, esta manhã, para um último esforço de mediar a crise entre a Rússia e a Ucrânia e esteve 1h45 minutos ao telefone com o presidente russo, Vladimir Putin.

Após o telefonema a Putin, seguiu-se um outro ao homólogo ucraniano, Volodymyr Zelenkyy. Aos dois lados o presidente francês expôs este domingo aqueles que podem ser os últimos argumentos do Ocidente para uma solução pacífica entre ambos os países.

O Kremlin revelou, em comunicado, que, durante a conversa, "o Presidente da Rússia referiu que as provocações dos militantes ucranianos foram a razão para a escalada".

Comunicado emitido pelo Kremlin sobre o telefonema de Macron a Putin

Ainda de acordo com o documento, Putin frisou "mais uma vez que Kiev está apenas a imitar um processo contínuo de negociações para recusar a implementação dos acordos de Minsk, bem como os acordos alcançados no formato Normandia".

Estados Unidos da América, Inglaterra e União Europeia falam da iminência de uma guerra, a maior desde 1945. Em caso de invasão, os Estados-membros dizem estar a preparar um pacote de sanções a Moscovo.

"Não podemos estar sempre a estender um ramo de oliveira enquanto a Rússia realiza testes de mísseis e continua a destacar tropas. Mas senhoras e senhores, uma coisa é certa, se as agressões militares continuarem, vamos reagir com sanções massivas e o custo para a Rússia vai ter de ser e será severo. Agora, sejamos francos, haverá também um custo para nós na Europa", afirmou, este domingo, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, em Munique.

Bombardeamentos e evacuações na Ucrânia

O leste da Ucrânia é já palco de confrontos. Em Donbass, os líderes das autoproclamadas repúblicas separatistas de Donetsk e Luhansk ordenaram, esta sexta-feira, a evacuação da região pró-russa. Os habitantes partiram por temerem ficar na linha de fogo cruzado após uma eventual invasão da Rússia, que entretanto já os recebeu como país de acolhimento.

"Tenho medo pelo meu filho. Quando ouvimos o som das bombas, pegámos nas coisas e fomos embora", confessa uma das habitantes retirada da região.

A líder da oposição da Bielorrússia, Sviatlana Tsikhanouskaya, pediu apoio ao país, na Conferência de Segurança, em Munique, Alemanha

Devido ao agravamento das tensões com a Ucrânia, Rússia e Bielorrússia decidiram prolongar os exercícios militares conjuntos, com fim anunciado para este domingo.

Mas perante a escalada na fronteira há também quem, entre civis, prefira deitar mãos às armas e defender o território da ameaça russa

Henadiy Levitas, até aqui um homem de negócios, é agora também mais um possível soldado das forças ucranianas. 

"Sou um civil. Ou melhor, era civil até ontem, porque ontem assinei um contrato com a Defesa do Território para ficar na reserva nos próximos três anos", revela.

Portugal emite alerta a nacionais na Ucrânia

O Governo português aconselhou, este sábado, os cidadãos nacionais na Ucrânia a sair do país "enquanto o podem fazer pelas vias normais".

Já a Embaixada de Portugal na Ucrânia apela a todos os portugueses no território e que ainda não tenham sido contactados o contacto urgente e a informação do paradeiro.

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