Após quase três semanas de guerra na Ucrânia, três milhões de pessoas fugiram do país. A maioria são mulheres e crianças.
São sobretudo mulheres e crianças. Vieram da Ucrânia e, após quase três semanas de guerra, encontram algum do apoio necessário para o dia-a-dia em pontos como o de Przemysl, na Polónia. O país recebeu já mais de metade dos refugiados (1,8 milhões) que fugiram às ofensivas militares da Rússia.
Paul Dillon, porta-voz da Organização Internacional para as Migrações (OIM), afirmou, em Genebra, que "chegámos à marca dos três milhões em termos de circulação de pessoas para fora da Ucrânia, para os países vizinhos, e entre estas pessoas há cerca de 157.000 nacionais de países terceiros".
Entre as vítimas mais vulneráveis, diz a UNICEF, estão as crianças. Numa conferência de imprensa, esta terça-feira, James Elder, porta voz do fundo das Nações Unidas, revelou que em 18 dias de conflito, 1,4 milhões tinham já obrigadas a abandonar o país de origem. Feitas as contas, praticamente a cada segundo que passa, uma nova criança torna-se refugiada.
Muitas chegam às fronteiras sozinhas. Alvos fáceis para as redes de tráfico de menores que se aproveitam da vulnerabilidade gerada pela crise.
A situação de risco deixou já em alerta a Comissão Europeia, que, na passada quinta-feira, anunciou ter ativada uma rede antitráfico, apesar de ainda não haver registo de vítimas.