UNICEF estima que mais de cinco milhões de crianças ucranianas tiveram de sair de suas casas por causa da invasão russa.
Milhares de pessoas atravessam todos os dias a fronteira entre a Ucrânia e a Polónia. Segundo as Nações Unidas, mais de três milhões e quinhentos mil ucranianos saíram do país para fugirem da guerra. Desses, cerca de dois milhões são crianças.
A UNICEF estima que dentro da Ucrânia, estão ainda mais de três milhões e trezentos mil menores que foram obrigados a sair de suas casas por causa da invasão russa.
"Fugimos quando começaram os bombardeamentos. Foi por isso que decidimos abandonar a nossa casa. Houve explosões de mísseis a 500 metros de nós. Foi muito assustador... Foi por isso que decidimos deixar a nossa casa. O meu marido ficou em casa... Deixei-o lá", conta Natalia Shabadash, uma refugiada ucraniana que reside em Mykolaiv.
A Europa enfrenta a pior crise de refugiados desde a II Guerra Mundial. A maioria destes ucranianos fica nos países vizinhos, em especial na Polónia, que já acolheu mais de 2,1 milhões.
Muitos seguem para outros países da União Europeia como, por exemplo, Portugal. O Governo português fez saber que o país recebeu já 17 504 refugiados. Do valor total, cerca de 6200 são "menores".
Em todo o mundo, várias personalidades disponibilizaram-se para ajudar estas pessoas. O exemplo mais recente chega-nos da própria Rússia.
O vencedor do Prémio Nobel da Paz de 2021, o jornalista russo, e editor do diário Novaya Gazeta, Dmitry Muratov, vai doar a medalha que lhe foi entregue para ser leiloada. O dinheiro será depois encaminhado para o Fundo Ucraniano para os Refugiados.
O Novaya Gazeta é um dos poucos órgãos de comunicação social independentes, ainda em funcionamento na Rússia, e é conhecido por criticar o regime de Vladimir Putin.