Chefe dos serviços secretos da Ucrânia diz que Moscovo quer dividir o país
Um dia depois do ataque aéreo, os bombeiros conseguiram extinguir o incêndio na cidade ucraniana de Lviv, situada a 80 quilómetros da Polónia. Os bombardeamentos russos atingiram depósitos de combustível e pelo menos cinco pessoas ficaram feridas.
Hoje, o chefe dos serviços secretos ucranianos disse que Vladimir Putin quer dividir a Ucrânia em duas partes, reproduzindo a divisão do pós-guerra entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul. O General Kyrylo Budanov, que em novembro alertou para a invasão da Rússia, acrescentou que Moscovo não tinha sido incapaz de "engolir" o país e terá de enfrentar uma guerra de guerrilha.
O aviso do chefe dos serviços secretos ucranianos acontece na mesma altura em que o líder da autoproclamada República Popular de Lugansk, na região de Donbass, coloca a possibilidade de realizar um referendo no território para se tornar parte da Rússia. Este domingo, disse que o povo poderá exercer, em breve, o direito previsto na lei de expressar a sua opinião sobre este assunto.
O presidente ucraniano voltou a pedir aos Estados Unidos e à Europa tanques e aviões para combater a invasão russa. Pediu coragem aos parceiros do ocidente e deu o exemplo de quem está no terreno a defender Mariupol. Segundo as autoridades ucranianas, desde o início da invasão russa, mais de 2 mil civis morreram nesta cidade considerada estratégica para Moscovo, porque permite uma ligação terrestre entre as regiões de Donbass e da Crimeia.