Rússia admite recuar em Kiev e Chernihiv mas não convence Ucrânia

Rússia admite recuar em Kiev e Chernihiv mas não convence Ucrânia
Direitos de autor Rodrigo Abd/Copyright 2022 The Associated Press. All rights reserved.
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De  euronews com AP, Lusa
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Delegação russa quis garantir que recuo não é "cessar-fogo"

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A Rússia anunciou uma redução das operações de combate em Kiev e em Chernihiv, depois de uma ronda de negociações em Istambul, na Turquia. Em troca, a Ucrânia propôs oferecer a neutralidade, o que significa que o país não pode vir a fazer parte de alianças militares como a NATO, nem, por exemplo, instalar bases de exércitos de outros países no território.

O encontro em Istambul foi mediado pelo presidente turco, Recep Tayyip Erdoğan. Houve avanços nas negociações mas também pouca esperança e compromisso dos dois lados.

A Rússia deixou claro que a redução dos ataques não significa um cessar-fogo. A Ucrânia diz que este recuar de tropas da Rússia não passa de uma estratégia militar para reorganizar tropas. 

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou, no discurso noturno, que os sinais transmitidos das negociações russo-ucranianas são “positivos”, mas lembrou que a Rússia ainda tem um potencial significativo para continuar a invasão da Ucrânia.

“Podemos dizer que os sinais que estamos a observar das negociações são positivos, mas não silenciam as explosões ou os projéteis russos”, realçou o chefe de Estado da Ucrânia na mensagem de vídeo divulgada na rede social _Telegram. _

Um "gesto de boa vontade" por parte da Rússia

A delegação de Moscovo quis também deixar 'preto no branco' que a redução na atividade militar nas duas cidades da Ucrânia é um "gesto de boa vontade" para instalar "confiança mútua" entre os dois países. 

De visita a Marrocos, Antony Blinken não pareceu convencido com a cedência de Putin.

"O que posso dizer é o seguinte: Há o que a Rússia diz, e depois há o que a Rússia faz.", disse Blinken na conferência de imprensa em Marrocos.

Os EUA dizem ter assistido a um retirar de tropas na área de Kiev, um retirar que, de acordo com o pentágono, parece ser uma "reorganização militar" e não um passo para um possível cessar-fogo.

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