Bombardeamentos em Lviv fazem pelo menos sete mortos

Edifício destruído em Lviv
Edifício destruído em Lviv Direitos de autor Mykola Tys/AP
De  Ricardo Figueira
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A cidade no oeste da Ucrânia tem sido relativamente poupada neste conflito, mas isso parece estar a mudar, com a Rússia a tentar deitar abaixo as defesas antes da grande ofensiva sobre o leste.

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A cidade de Lviv, no oeste da Ucrânia, ponto de passagem importante para os refugiados que fogem para a Polónia, foi alvo de ataques com mísseis por parte da Rússia, que mataram pelo menos sete pessoas.

Lviv tem sido relativamente poupada nesta guerra, mas isso parece estar a mudar. A cidade é também ponto de passagem de armas e de combatentes. O ataque parece ser uma tentativa de enfraquecer as defesas ucranianas antes da ofensiva mais forte sobre o leste do país.

Igor Konashenkov, porta-voz do ministério russo da Defesa, anunciou: "Na manhã de 18 de abril, mísseis ar-terra de alta precisão, lançados pela Força Aérea russa, atacaram um centro de logística das forças armadas ucranianas na região de Lviv. Este centro de logística, tal como importantes carregamentos de armas, enviados nos últimos dias pelos Estados Unidos e pelos países da Europa, foram destruídos".

Novos bombardeamentos em Kharkiv

Além do centro logístico, os mísseis russos atingiram também vários edifícios civis em Lviv. A principal cidade do leste e segunda maior do país, Kharkiv, esteve também debaixo de bombardeamentos que fizeram pelo menos três mortos, segundo jornalistas da Associated Press que testemunharam, incluindo uma mulher que tinha ido recolher água da chuva.

Marina Sviderskay, residente na cidade, desabafa aos jornalistas: "Estão a atingir toda a Ucrânia. Hoje, bombardearam Lviv e Dnipro. Tenho uma amiga que me convidou para ir para Kherson, mas aquilo está ocupado e não quero ir ter com aqueles malditos".

A Rússia intensificou os ataques a fábricas, nomeadamente de armamento, e a infraestruturas como estações de comboios, depois de ter anunciado que iria concentrar-se no leste da Ucrânia e de ter falhado a tentativa de conquistar a capital Kiev.

Borrell apoia investigação do TPI

O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, condenou aquilo a que chama ataques ilegais e indiscriminados por parte da Rússia. Num tweet que publicou, disse que a União Europeia apoia o Tribunal penal Internacional e os esforços desta instituição para levar à justiça os responsáveis pelas violações dos direitos humanos.

A Ucrânia prossegue o caminho para aderir à União Europeia. O presidente Volodymyr Zelenskyy apresentou ao embaixador da União Europeia um questionário preenchido, um dos passos necessários para ter o estatuto de país candidato, que espera conseguir em breve.

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