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Invasão da Ucrânia leva Wimbledon a barrar russos e bielorrussos e ATP reage

Daniil Medvedev descansa durante um jogo no Open de Miami
Daniil Medvedev descansa durante um jogo no Open de Miami Direitos de autor AP Photo/Rebecca Blackwell
Direitos de autor AP Photo/Rebecca Blackwell
De  Francisco Marques
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Organização do "grand slam" londrino proíbe entrada a todos os tenistas russos e bielorrussos devido à invasão da Ucrânia. Kremlin alega que os atletas estão reféns de "ações hostis contra a Rússia"

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A organização do torneio de Wimbledon decidiu proibir a participação este ano de todos os tenistas russos e bielorrussos no mítico torneio londrino.

À decisão do All England Club juntou-se a da Lawn Tennis Association, que organiza outros torneios de ténis em relva no Reino Unido e que vai também proibir os atletas daqueles países de participarem em quaisquer dos torneios que promova.

A decisão foi explicada pelos organizadores com "a injustificada e inédita agressão militar em curso pelo governo russo contra a Ucrânia".

A Associação de Tenistas Profissionais (ATP) reagiu às proibições britânicas com força e ameaça velada.

"Acreditamos que a decisão unilateral tomada por Wimbledon e a LTA em excluir os jogadores da Rússia e Bielorrússia do torneio britânico deste ano é injusta e tem potencial para criar um precedente prejudicial para o jogo. Discriminação baseada na nacionalidade também constitui uma violação nos nossos acordos com Wimbledon, que afirma que a entrada de um jogador é baseada exclusivamente no ranking ATP. Qualquer resposta a esta decisão será avaliada em conjunto com o nosso Conselho e Conselho de Membros", lê-se no comunicado da ATP, onde se depreende uma ameaça de retirar pontos ao torneio londrino.

É importante sublinhar que os tenistas da Rússia e da Bielorrússia vão continuar a poder competir nos eventos ATP sob uma bandeira neutra. Uma posição até agora partilhada por todo o ténis profissional.
Associação de Tenistas Profissionais
Comunicado

A decisão anunciada pelo All England Club vai impedir a participação no torneio de Wimbledon, entre outros, dos atuais número dois e oito do ranking ATP, respetivamente Daniil Medvedev e Andrey Rublev, ambos russos, e ainda da número 4 do WTA, a bielorrusa Aryna Sabalenka.

A organização do torneio alega inclusive ter rejeitado um pedido do governo britânico para permitir os tenistas russos e bielorrussos de competir caso denunciassem a decisão do Presidente Vladimir Putin de invadir a Ucrânia, mas os responsáveis de Wimbledon consideraram injusto estar a exigir tal manifestação aos atletas para poderem competir.

Kremlin reage

O Kremlin respondeu pelo porta-voz. Dmitry Peskov sublinhou "a força russa no ténis mundial" e alegou que "o torneio de Wimbledon também irá sofrer com a ausência russa".

"É inaceitável uma vez mais fazer dos atletas reféns de certas crenças e intrigas políticas e de ações hostis contra a Rússia”, afirmou o porta-voz do governo que a 24 de fevereiro ordenou a invasão militar do país vizinho.

O torneio de Wimbledon joga-se de 27 de junho a 10 de julho e a decisão agora conhecida pode vir a criar um precedente na alta competição do ténis, já admitido pela ATP.

Por enquanto, russos e bielorrussos ainda vão poder competir daqui a um mês no Roland Garros, em França, mas como atletas neutros, sem bandeira, tal como as associações masculina (ATP) e feminina (WTA) ainda apresentam esses atletas nos respetivos quadros competitivos.

Em paralelo, a ATP anunciou a continuidade no movimento de apoio à Ucrânia denominado "Ténis Joga pela Paz".

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