Largaram os livros e pegaram em armas para defender a Ucrânia
Olexandr Komarov, que em fevereiro estava a trabalhar na tese de doutoramento, valeu-se dos ensinamentos básicos que obteve durante o serviço militar obrigatório, há 17 anos para combater os russos. E explica porque o faz.
"Não há liberdade intelectual num país autoritário. Eu não quero ser refugiado. Quero viver no meu país, por isso luto. Tenho certeza de que toda a sociedade ucraniana luta connosco", afirma.
Komarov foi ferido durante os bombardeamentos russos. O jovem filósofo está determinado em voltar à linha da frente, assim que lhe for possível.
"Nós, ucranianos, não estamos a lutar apenas pelo nosso país. Estamos a lutar por toda a arquitetura política do século XXI", assegura.
Outro filósofo ucraniano, Yury, pai de 5 filhos e professor, tornou-se num francoatirador do exército. De acordo com a lei ucraniana, homens com três filhos, ou mais, podem ficar em casa a cuidar de suas famílias. Yury recusou-se a fazê-lo. Por motivos de segurança, não enviou nenhum depoimento. Alguns atiradores ucranianos que usaram os telemóveis foram detetados e assassinados pelos russos.