Rússia planeia referendo encenado em Kherson

Guerra na Ucrânia
Guerra na Ucrânia Direitos de autor Emilio Morenatti/Copyright 2022 The Associated Press. All rights reserved.
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De  Oleksandra Vakulina
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Ministério da Defesa britânico deixa o alerta e lembra semelhanças com o referendo sobre a Crimeia

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Segundo a última avaliação do Instituto para o Estudo da Guerra, a ofensiva da Rússia na Ucrânia Oriental continua a seguir o mesmo padrão desde o início da guerra. Pequenas unidades conduzem ataques dispersos ao longo de múltiplos eixos em vez das pausas necessárias para preparar operações decisivas.

O chefe dos caminhos-de-ferro da Ucrânia disse que cinco estações ferroviárias ficaram debaixo de fogo na Ucrânia ocidental e central na manhã desta segunda-feira, incluindo nas regiões de Lviv e Vinnytsya.

No leste, outras forças russas estão a destacar-se para reforçar os ataques mal sucedidos na frente de Izyum. Nesta região, as operações ofensivas russas fizeram pequenos avanços em torno de Severodonetsk.

Por causa dos fortes bombardeamentos "quase toda a região de Luhansk está sem abastecimento de água", disse o chefe da administração militar regional, acrescentando que 30 mil famílias estão sem eletricidade.

O conselheiro presidencial ucraniano disse que as forças russas estão "continuamente a atacar" a fábrica Azovstal, em Mariupol, que continuou cercada no Domingo de Páscoa ortodoxo. O Instituto para o Estudo da Guerra acrescenta que o local foi bombardeado com artilharia e ataques aéreos e que as forças russas podem estar a preparar-se para novos ataques às instalações, o que provavelmente causaria um número elevado de baixas

O Ministério da Defesa do Reino Unido diz que a Rússia está a planear um referendo encenado na cidade do sul de Kherson para justificar a ocupação desta cidade, fundamental para o objetivo da Rússia de estabelecer uma ponte terrestre para a Crimeia e dominar a Ucrânia meridional.

A Rússia realizou um referendo sobre a adesão da Crimeia à Federação Russa em 2014, que é considerado ilegítimo pela comunidade internacional, para justificar a anexação da Península.

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