Alemanha favorável a restrições na Europa, desde que com fase de transição.
O governo alemão mostrou-se favorável ao embargo europeu de petróleo russo. No entanto, de acordo com diplomatas europeus citados pelo canal público de comunicação social alemão ZDF, o governo alemão quer que o pacote de sanções inclua uma fase de transição para instituir o embargo petrolífero.
A posição mais assertiva, que surge após alguma relutância na imposição de restrições às importações, vai ao encontro do apelo do presidente Volodymyr Zelenskyy. Na mensagem noturna deste sábado, o chefe de Estado ucraniano urgiu a comunidade internacional a implementar o total embargo à compra de produtos petrolíferos da Rússia.
"Esperamos uma decisão sobre restrições petrolíferas contra a Rússia num futuro próximo. Insistimos que uma parte significativa dessas sanções deve ser o bloqueio de quaisquer tentativas de a Rússia contornar as restrições através da venda das chamadas misturas de petróleo. Se qualquer empresa ou Estado ajudarem a Rússia a comercializar petróleo, deverão também ser alvo de sanções", disse.
Em resposta à pressão internacional, a Duma propôs, este domingo, confiscar bens económicos aos países hostis à Rússia.
Na rede social Telegram, o presidente do parlamento russo, Vyacheslav Volodin, confirmou a vontade de retaliação das medidas tomadas pelo Ocidente.
"É correto em relação a uma empresa localizada no território da Federação Russa, cujos proprietários são de países 'hostis', responder com medidas semelhantes: confiscar estes bens", escreveu
Volodin acrescentou ainda que "o produto da venda [dos bens confiscados] será para o desenvolvimento do nosso país".