ONU quer retirar mais civis de Azovstal esta sexta-feira

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AP Direitos de autor AP / Servicio de Prensa del Ministerio del Interior de la República Popular de Donetsk.
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De  Euronews com Lusa, AFP
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Fábrica continua a ser alvo de ataques russos, Kiev diz que não se rende

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A Ucrânia divulgou imagens aéreas da fábrica de Azovstal que mostram bombardeamentos ao complexo. Imagens parecidas foram partilhadas pelo governo pró-russo de Lukhansk, que acabam por provar que os ataques continuam apesar da promessa de cessar-fogo por parte do Kremlin.

Putin pede às tropas ucranianas que se rendam. Os ucranianos dizem não desistir.

"Ontem e hoje à noite houve tentativas russas de entrar no território.", diz Denis Shmyhal, primeiro-ministro ucraniano. "Os nossos soldados estão a lutar heroicamente. A resistência vem até a última bala, até a última força.", concluiu, no discurso numa conferência de imprensa.

A ONU conseguiu retirar mais 300 civis da zona do complexo industrial e do porto de mar de Mariupol. Para esta sexta-feira, está previsto um terceiro corredor humanitário.

No total, já saíram quase 500 pessoas, de acordo com as autoridades ucranianas.

ONU planeia retirar mais civis de Mariupol esta sexta-feira

Uma nova caravana humanitária da Organização das Nações Unidas (ONU) está a caminho da fábrica Azovstal, o último reduto da resistência ucraniana em Mariupol, para proceder à retirada de civis, disseram hoje fontes oficiais.

“Hoje, enquanto falamos, uma caravana está a caminho para chegar a Azovstal amanhã [sexta-feira] de manhã com a esperança de recuperar os civis restantes deste inferno escuro, que eles habitaram por tantas semanas e meses, e trazê-los de volta à segurança", disse o subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, Martin Griffiths, durante uma conferência em Varsóvia.

Uma primeira operação deste tipo organizada desde o passado fim de semana pela ONU e pela Cruz Vermelha já tinha permitido a retirada de 101 pessoas deste imenso complexo metalúrgico onde estão entrincheirados civis e os últimos combatentes ucranianos que defendem Mariupol.

A primeira caravana chegou com segurança na terça-feira a Zaporijia, cidade sob o controlo do exército ucraniano.

De acordo com Griffiths, na quarta-feira a ONU também escoltou mais de 340 civis que queriam fugir de "várias áreas de Mariupol".

O exército ucraniano anunciou na quinta-feira que os combates continuam em Azovstal, acusando a Rússia de querer "aniquilar" os últimos defensores deste local, embora o exército russo tenha anunciado um cessar-fogo unilateral a partir da manhã de hoje.

De acordo com o presidente do município de Mariupol, Vadim Boitchenko, cerca de 200 civis ainda estão nas galerias subterrâneas de Azovstal, onde as forças ucranianas relataram "combates violentos e sangrentos".

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