Kiev reconhece "dificuldades" para defender Donbass

A guerra na Ucrânia entra no quarto mês, com as forças russas a concentrar a ofensiva na região de Lugansk, no leste do país.
Os ucranianos conseguiram afastar progressivamente os invasores da capital e da segunda cidade do país, Kharkiv, mas Kiev reconhece as "dificuldades" para defender agora o Donbass.
O presidente ucraniano afirma, no entanto, que "não há alternativa para além de lutar".
Volodymyr Zelenskyy, presidente da Ucrânia:"A situação mais difícil é no Donbass. Bakhmut, Popasna e Severodonetsk é onde os invasores estão mais ativos. Criaram um massacre e querem eliminar tudo o que está vivo. Ninguém destruiu o Donbass como os russos estão a fazer agora."
Zelenskyy multiplica os pedidos de armas ao Ocidente.
Os Estados Unidos anunciaram que vinte países do "Grupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia" se comprometeram com o fornecimento de armamento adicional, enquanto outros se disseram dispostos a treinar o Exército ucraniano.
Lloyd Austin, Secretário da Defesa dos EUA:"Nas curtas quatro semanas desde que o grupo de contacto se reuniu em Ramstein, o impulso nas doações e entregas tem sido notável. E, depois das discussões de hoje, tenho o prazer de informar que estamos a intensificar os nossos esforços."
Entre o material ocidental que a Ucrânia poderá receber em breve, está o lança-mísseis antinavio Harpoon, que poderá permitir contrariar o bloqueio russo no porto de Odessa, crucial para as exportações de cereais do país.
Segundo Zelenskyy, Kiev está a debater com responsáveis da União Europeia, do Reino Unido, da Turquia e da ONU o estabelecimento de um "corredor que permita as exportações de trigo, girassol e outros cereais ucranianos.