Número de desempregados em Espanha baixa dos 3 milhões pela primeira vez desde 2008

O número de desempregados em Espanha está abaixo dos três milhões de pessoas pela primeira vez desde 2008, ano em que terá começado a crise financeira global.
O registo histórico, anunciado esta quinta-feira pelo Ministério da Segurança Social, foi alcançado após uma redução no mês de maio de 100 mil espanhóis que terão encontrado emprego.
Por outro lado, o total de inscritos na Segurança Social em Espanha cresceu em 214 mil trabalhadores e pelo segundo mês consecutivo ficou acima dos 20 milhões.
A tendência positiva do mercado de trabalho espanhol parece imune às feridas provocadas pela Covid-19 ao longo dos dois últimos anos e pelo recente agravamento dos preços devido à guerra na Ucrânia, que contribuiu para elevar a inflação espanhola em maio quase até aos 9%.
Após as contratações da Semana Santa e às portas do verão, o setor espanhol dos serviços foi o que mais contratou em maio (1,2 milhões), seguido de longe pela agricultura (200 mil) e pela indústria (169 mil).
A expetativa em Espanha é que os números ainda venham a melhorar nos próximos meses com o acelerar das contratações para responder às tradicionais exigências turísticas do verão.
O ministro da Segurança Social, José Luis Escricvá, explica a imunidade do mercado laboral à crise pandémica e às ondas de choque da guerra na Ucrânia com o entendimento pelos empresários destes episódios como "temporais e transitórios".
"Depois de uma pandemia e das consequências económicas de uma guerra, o mercado laboral ter este comportamento mostra de forma clara que a economia segue em crescimento, robusta e que, entre todos, estamos a conseguir suportar o tecido produtivo em Espanha", acrescentou a ministra espanhola das Finanças.