Observadores eleitorais têm missão fundamental

Observadores para as eleições em Angola
Observadores para as eleições em Angola Direitos de autor Euronews/João Peseiro Monteiro
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De  João Peseiro MonteiroJosé Kundy
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A falta de confiança por parte da população nas instituições angolanas aumenta a responsabilidade das missões de observação eleitoral. Cidadãos também se organizam para acompanhar a publicação dos resultados junto das assembleias de voto

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Confiança é a palavra-chave das eleições gerais em Angola do dia 24.

A presença de observadores assume uma importância fundamental para a aceitação dos resultados eleitorais.

Foram acreditados 1300****observadores nacionais e internacionais para acompanhar o sufrágio.

Entre as comitivas estrangeiras conta-se uma missão da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) com 29 elementos, chefiada pelo antigo presidente da república de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca:

“A CPLP faz o seu trabalho que é, com esse número que dispõe de observadores, tendo em conta a dimensão do país, a importância relativa das províncias, dos círculos eleitorais, vai concentrar-se na província de Luanda, Bengo, Cuanza Norte e Cuanza Sul.

Tendo em conta que Luanda, por exemplo, tem perto de quatro milhões de eleitores, um terço dos eleitores, com amostragens de Bengo, Cuanza Norte e Cuanza Sul eu creio que pode dar uma visão relativamente positiva, objetiva daquilo que se passou no processo eleitoral.”

A União Europeia tem dois peritos no terreno para uma missão mais longa do que a da CPLP, pois acompanham o processo até eventuais ações de contestatação nos tribunais. O seu relatório não é público.

Existem também observadores nacionais. Relativamente a outras eleições, Luís Jimbo, do Observatório Eleitoral Angolano explicou que dispõem de menos apoios mas o credenciamento foi mais rápido e tiveram mais tempo para realizar ações de formação.

Paralelamente, vários cidadãos estão a organizar-se para verificar se os resultados anunciados em Luanda, correspondem aos editais afixados em cada assembleia de voto.

“O cidadão perdeu confiança nos órgãos da CNE e ele está a usar qualquer meio para ganhar confiança no resultado eleitoral. Como há um nível muito baixo de confiança nas instituições é que os cidadãos e principalmente os jovens que são cerca de 50 por cento dos nossos eleitores estão a criar este ambiente e este esforço de acreditar no processo com mais alguma coisa para além dos resultados oficiais.”

Além da CPLP e dos peritos europeus, União Africana, Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) ou Centro Carter dos Estados Unidos são alguns dos organismos que se encontram em Angola para observar este processo eleitoral.

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