Ancara alega que os dois países acolhem células terroristas curdas, responsáveis por ataques como o do passado domingo em Istambul, em que seis pessoas morreram.
Pelo menos 31 pessoas morreram na sequência dos ataques aéreos turcos, este sábado, no norte da Síria e do Iraque, este fim de semana. Grande parte das vítimas são combatentes curdos, mas relatos das autoridades curdas autónomas dão conta também de mais uma dezena de civis mortos durante os bombardeamentos.
Dezenas de sírios marcharam este domingo com bandeiras do Partido dos Trabalhadores do Curdistão em protesto contra a operação militar turca.
O ministério da Defesa da Turquia alega que nestas regiões operam células terroristas, responsáveis por ataques como o de 13 de novembro em Istambul, no qual morreram seis pessoas e mais de 80 ficaram feridas.
As autoridades turcas acusaram de imediato pelo atentado o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e Unidades de Proteção Popular (YPG), uma milícia curda ativa na Síria, acusada pela Turquia de estar filiada no PKK.
A operação desta noite foi realizada "de acordo com os direitos de legítima defesa decorrentes do artigo 51.º da Carta das Nações Unidas, a fim de eliminar os ataques terroristas do norte do Iraque e da Síria, garantir a segurança nas fronteiras e eliminar o terrorismo na sua origem", afirma o ministério em comunicado.
Apesar de Ancara não especificar quais foram os alvos da operação militar deste fim de semana. é escrito no comunicado que "os ninhos de terror" serão "arrasados por ataques de precisão". Já esta sexta-feira, o ministério tinha alertado no Twitter que "chegou a hora do acerto de contas".
Em Kobani, um bastião curdo na fronteira da Síria com a Turquia, as Forças Democráticas Sírias (FDS) falam em "vários mortos e feridos".
Ainda este sábado, cinco pessoas foram detidas na Bulgária por suspeitas de terem ajudado no ataque terrorista em Istambul.