Após dois anos de paragem devido à covid-19, o evento de consagração dos Nobel voltou à capital da Suécia e com três laureados em destaque
O apelo para que não se baixe as armas perante a apelidada guerra "louca e criminosa" de Vladimr Putin na Ucrânia foi um dos grandes destaque do regresso a Estocolmo do tradicional banquete de honra aos laureados com Prémios Nobel.
Após dois anos sem festa devido à Covid-19, cerca de 1500 convidados marcaram presença no evento, incluindo membros da família real sueca e vencedores dos dois últimos anos.
A cerimónia incluiu a entrega em pessoa dos Nobel aos laureados e respetivos discursos.
Os laureados deste ano com o Nobel da Paz foram o ativista dos direitos humanos da Bielorrússia, Ales Bialiatski, e as organizações não-governamentais Memorial, da Rússia, e o Centro Ucraniano para as Liberdades Civis.
O representante da ONG russa, Jan Rachinsky descreveu a ofensiva russa na Ucrânia como uma "louca e criminosa guerra de agressão" contra os ucranianos e que "uma das primeiras vítimas desta loucura foi a própria memória histórica da Rússia".
A ONG Memorial foi fechada há um ano pelo Supremo Tribunal da Rússia depois de o Kremlin a ter declarado "um agente estrangeiro" a operar no país, pelas constantes críticas ao governo liderado por Vladimir Putin.
Os diversos laureados deste ano com Prémios Nobel passaram pela varanda do Grand Hotel de Estocolmo para a tradicional ovação, com os Nobel da Paz deste ano a merecerem atenção especial também na consagração perante o povo.