Abstenção superior a 90% nas legislativas tunisinas

Oposição acusa Kais Saied de autoritarismo no país que viu nascer a Primavera Árabe há 12 anos
Oposição acusa Kais Saied de autoritarismo no país que viu nascer a Primavera Árabe há 12 anos Direitos de autor Slim Abid/Copyright 2022 The AP. All rights reserved.
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Oposição tinha apelado ao boicote contra o autoritarismo do presidente

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Confirmaram-se os receios e ainda se agravaram. O número 8,8%, anunciado pela Comissão Eleitoral da Tunísia, indica a taxa de afluência na altura do encerramento das urnas nas eleições legislativas que decorreram este sábado.

Os partidos da oposição tinham apelado ao boicote ao voto, acusando o presidente Kais Saied de autoritarismo no país que viu nascer a Primavera Árabe há precisamente 12 anos.

Saied exonerou o governo e dissolveu o parlamento em julho do ano passado. Entretanto, houve uma reforma constitucional que limita consideravelmente os poderes da assembleia, que passa de 217 para 161 deputados, que se deviam candidatar sem filiação a um partido. Outro exemplo concreto: o novo parlamento não vai poder destituir o presidente.

A Tunísia vive uma profunda crise económica, com uma taxa de inflação a rondar os 10%, e carências repetidas de bens essenciais como leite ou arroz. 

O país solicitou recentemente um empréstimo de dois mil milhões de dólares ao Fundo Monetário Internacional.

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