Berlim denuncia "retórica nacionalista" de Belgrado

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De  Nara Madeira
Fronteira entre a Sérvia e o Kosovo
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O reforço da presença militar sérvia na fronteira com o Kosovo está a preocupar a Alemanha. O governo germânico dizia que é um "muito mau sinal" denunciando a "retórica nacionalista" de Belgrado.

O Primeiro-ministro kosovar, Albin Kurti, acusa a Sérvia de tentar desestabilizar a região. Acrescentava que as barricadas - que impedem a livre circulação - são ilegais, inaceitável e não serão toleradas. Frisava que deram o tempo necessário às forças da ONU no terreno, a KFOR, mas que o tempo está a esgotar-se.

Enquanto o Kremlin dizia apoiar "Belgrado nas ações que estão a ser tomadas", mas negava as acusações de influenciar o país para desestabilizar a região, o ministro da Defesa da Sérvia, Milos Vucevic, afirmava que é fundamental garantir a segurança dos sérvios. E que lhes cabe a eles, governo, "encontrar uma solução política". Garantia ainda que "ninguém deseja conflitos", mas que o "exército sérvio está pronto, treinado", é "corajoso" e está "determinado" em proteger os "interesses" do país e a sua "soberania".

Entretanto, e não se sabe se terá alguma ligação com a tensão que se vive no terreno, o aeroporto do Kosovo esteve encerrado devido a uma ameaça de bomba. Vários voos partiram atrasados ou foram mesmo cancelados.