Apesar de o grupo Wagner ter reivindicado o controlo de Soledar, Kiev nega e os combates prosseguem na cidade estratégica para a conquista de Bakhmut
Os combates prosseguem em Soledar, na Ucrânia, sendo difícil perceber a situação no terreno.
A milícia do grupo Wagner reivindica o controlo total da cidade, enquanto o presidente ucraniano nega e diz que os combates continuam.
O Kremlin, por seu turno, prefere não declarar a vitória prematuramente, enquanto volta a mudar a chefia militar da operação na Ucrânia.
O general Sergei Surovikin, que foi nomeado em outubro para liderar a invasão e supervisionar os ataques pesados às infraestruturas energéticas ucranianas, é agora substituído por Valery Gerasimov.
O Secretário da Defesa dos EUA Lloyd Austin disse na quarta-feira que não podia corroborar as notícias de que Soledar estava nas mãos da Rússia.
O governador de Donetsk, Pavlo Kyrylenko, disse à TV estatal ucraniana que 559 civis permanecem em Soledar, incluindo 15 crianças, e que era impossível evacuar a cidade devido aos combates em curso. Antes da guerra, Soledar tinha 10.500 habitantes.
Soledar é um ponto estratégico importante para a conquista da cidade de Bakhmut e o objetivo russo de conquistar todo o Donbass.
A cidade está há mais de cinco meses sob bombardeamentos e praticamente destruída. Só dez por cento das 70 mil pessoas que viviam em Bakhmut antes da guerra continuam a tentar sobreviver aqui.
Um homem confirma isso mesmo: "A nossa tarefa é sobrevier, de noite e de dia. É assim que eu vejo isto. E, claro que seria simpático se pudéssemos cozinhar alguma coisa durante o dia", diz e prossegue: "A cidade ainda está a aguentar-se, Graças a Deus. Bakhmut é uma fortaleza".
A aguentar-se, mas por quanto tempo?
Ainda que seja difícil perceber quem domina no terreno, uma coisa parece clara: esta batalha está a cobrar muitas vidas de ambos os lados.
Segundo a agência russa, TASS, a Rússia diz estar interessada em futuras conversações com os comissários dos direitos humanos da Ucrânia e Moscovo pediu uma reunião do Conselho de Segurança da ONU para falar sobre a Ucrânia, mas não avança o assunto.