Ataque russo com míssil contra edifício residencial, no leste do país, deixa pelo menos 30 mortos e mais de 70 feridos. Há ainda registo de mais de 30 pessoas desaparecidas.
Em Dnipro, no leste da Ucrânia, pelo menos 30 pessoas morreram e mais de 70 ficaram feridas após um míssil russo ter atingido, no sábado, um edifício residencial de nove andares, onde viviam mais de mil pessoas. Mais de 30 pessoas continuam desaparecidas.
Roman Zhuravsky, familiar de uma das vítimas, está desolado e refere que "a mãe ainda não foi encontrada" e recorda que "os cinco andares de cima colapsaram".
O governador de Dnipro já avisou para a probabilidade de não haver mais sobreviventes entre os escombros. O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, também já se pronunciou sobre o ataque e condenou o “silêncio cobarde” do povo russo.
O chefe de Estado ucraniano referiu depois que "o mal é muito sensível à cobardia" e salientou que "o mal ' se lembra' sempre daqueles que têm medo dele ou tentam negociar".
"E quando o mal vos bater à porta, não existirá ninguém para vos proteger”, disse ainda Zelenskyy, numa mensagem dirigida à população da Rússia.
A capital, Kiev, e as cidades de Kharkiv e Odessa também foram alvo de bombardeamentos no sábado. De acordo com Moscovo, estes ataques visavam infraestruturas militares e energéticas da Ucrânia.
O diretor geral da Agência Internacional de Energia Atómica, Rafael Grossi, faz, esta semana, uma visita à Ucrânia para preparar o destacamento de vários inspetores nas centrais nucleares do país, como forma de tentar evitar um desastre nuclear durante o conflito.