Erdogan: "Impossível estar preparado para enfrentar um desastre como este"

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De  Luis Guita  com AP
Presidente turco na zona devastada pelos sismos
Presidente turco na zona devastada pelos sismos   -  Direitos de autor  AP/Turkish Presidency

O Presidente da Turquiacondenou as crescentes críticas à resposta das autoridades turcas aos terramotos. 

Na primeira visita à zona da catástrofe, Recep Tayyip Erdoğan reconheceu "deficiências" na resposta do Governo, mas prometeu que ninguém "ficaria nas ruas".

Muitos turcos queixam-se da falta de equipamento e de apoio. Continuam a reclamar pela falta de socorro e pela incapacidade de salvar familiares e vizinhos.

"Certamente que tem havido falhas, uma vez que as condições são as conhecidas. É impossível estar preparado para enfrentar um desastre como este", afirmou o Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan.

A oposição, liderada pelo partido social-democrata CHP, mas também numerosos utilizadores das redes sociais criticam a gestão de emergência do tremor de terra por parte das autoridades.

A Turquia realizará eleições presidenciais a 14 de Maio, nas quais Erdogan, cujo partido está no poder desde 2002, procura ser reeleito como Chefe de Estado e de Governo.

População ainda aguarda por ajuda

Os residentes da cidade de Antakya esperam por ajuda para salvar os entes queridos. Perto de fogueiras, enfrentam o frio junto das casas desmoronadas onde os familiares ainda estão soterrados.

"São quatro, tirámos dois, e dois ainda estão presos há horas. Ouvimos as suas vozes e eles estão a reagir. Precisamos de equipas (de resgate). Apelo a todo o mundo, à comunidade internacional, para nos ajudarem a salvar as crianças", explica um sobrevivente que aguarda por ajuda para resgatar crianças presas nos escombros.

No entanto, continuam a surgir imagens que alimentam a esperança. É o caso do resgate de Helen, um bebé arrancado dos escombros, com vida, após 68 horas.

O terramoto de segunda-feira, de 7,8 graus de magnitude na escala de Richter, considerado o terramoto mais mortal do mundo em mais de uma década, já ceifou mais de 17.500 vidas.