Política de migrações vai estar em destaque no Conselho Europeu desta quinta-feira
A política de migração é um dos temas em destaques na cimeira que reúne os líderes da União Europeia em Bruxelas.
Dentro do bloco, há vários países que defendem medidas mais restritivas para travar a entrada dos migrantes. A Itália é um deles. No final de janeiro, durante a visita do presidente do Conselho da União Europeia a Roma, a primeira-ministra Giorgia Meloni pediu a unidade dos estados-membros e disse que o seu país “não consegue lidar com o problema sozinho”.
Na antecipação da cimeira desta quinta-feira, numa primeira ronda de reuniões bilaterais, Meloni defendeu a defesa das fronteiras externas dos 27.
Em declarações à Euronews, Sara Kelany, deputada do partido “Irmãos de Itália”, sublinhou que em matéria de migração, “a Europa está a avançar na mesma direção do governo de Meloni". Para Kelany, graças a este governo a questão das migrações torna-se “um problema de todos” na Europa.
Uma das principais propostas de Itália é promover um código de conduta na União Europeia para navios de salvamento no Mediterrâneo. O governo italiano também quer encorajar os estados-membros a investir mais dinheiro em África. Mas a questão mais polémica continua a ser a introdução de deslocalizações obrigatórias.
Depois dos primeiros 100 dias no cargo, a linha de Meloni na Europa não mudou. A proteção dos interesses nacionais continua a ser a prioridade do seu programa político. No entanto, muito do seu sucesso dependerá da forma como o presidente do Conselho Europeu lidar com a questão da migração, dado que muitos dos apoiantes de Meloni defenderam a sua linha dura nesta matéria.