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Milhares de pessoas contra a reforma das pensões num protesto com violência

Barricadas e música nos protestos de Lyon contra a reforma das pensões
Barricadas e música nos protestos de Lyon contra a reforma das pensões Direitos de autor  AP Photo/Laurent Cipriani
Direitos de autor AP Photo/Laurent Cipriani
De Francisco Marques
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Entre 25 mil pessoas, de acordo com as autoridades, e mais de 50 mil, dizem os sindicatos, manifestaram-se em Lyon, França, contra o aumento da idade da reforma. A polícia teve de recorrer a gás lacrimogéneo

Vandalismos e confrontos entre manifestantes e a polícia marcaram o dia de greve nacional e protestos em Lyon, uma das três maiores cidades de França.

Pelo menos 35 polícias ficaram feridos sem gravidade e seis pessoas acabaram detidas, informou o governo regional, acrescentando mais tarde também sete feridos entre os manifestantes.

Entre 25 mil pessoas, de acordo com as autoridades, e mais de 50 mil, dizem os sindicatos, concentraram-se esta terça-feira, 7 de março, em Lyon, para protestar contra a subida da idade mínima para a reforma, um aumento pretendido pelo Presidente Emmanuel Macron para fazer face à crescente dificuldade de tesouraria da segurança social.

As intersindicais da região do Ródano uniram-se e deram força à greve geral contra a reforma das pensões em curso, na qual o governo pretende aumentar dos 62 para os 64 anos a idade na qual os contribuintes franceses podem retirar-se da vida ativa profissional.

A manifestação integrou inclusive estudantes do ensino secundário, que bloquearam vários estabelecimentos de ensino na região.

Os funcionários da refinaria de Feyzin, a sul de Lyon, também paralisaram o trabalho, bloqueando o reabastecimentos de estações de serviço.

O Ministério da Educação de França estimou uma adesão à greve de 31% entre os professores na região de Lyon. Entre os funcionários das Finanças públicas de Lyon, a respetiva administração estima uma adesão de 32,8% e pelo menos 10 serviços estiveram mesmo fechados esta terça-feira.

O representante regional dos ferroviários disse que mais de 50% dos maquinistas, dos controladores, dos agentes de manutenção da rede e dos equipamentos aderiram à greve geral.

Ao final da manhã, milhares de manifestantes encetaram uma marcha de cerca de 2,5 quilómetros rumo à Praça Bellecour, no centro de Lyon, mas pelo caminho o protesto degenerou em confrontos com a polícia.

Laurent Cipriani/AP Photo
Manifestantes violentos vandalizaram lojas e entraram em confronto com a polícia de Lyon Laurent Cipriani/AP Photo

As forças da ordem tiveram de recorrer a gás lacrimogéneo para tentar reprimir os manifestantes mais violentos, que, de cara tapada e autodenominando-se "anticapitalistas", vandalizaram paragens de autocarro, montras de estabelecimentos comerciais e as esplanadas de alguns restaurantes.

No protesto de Lyon marcou presença também o Partido Ecologista, do atual presidente da Câmara de Lyon. Grégory Doucet esteve inclusive entre os manifestantes.

"A mensagem enviada ao Governo é franca e massiva: esta reforma é injusta e inútil. A mobilização é histórica; o governo deve escutar", lê-se numa publicação dos Ecologistas de Lyon nas redes sociais.

De acordo com uma sondagem divulgada há pouco mais de um mês pelo Instituto CSA, cerca de 69% dos franceses (sete em cada 10, precisava o portal CNews) são favoráveis a que a proposta do governo para aumentar a idade da reforma fosse colocada a referendo, que voltou a ser proposto pela esquerda na semana passada e rejeitado pelo Senado, que é dominado pela direita, numa votação de 251 contra 93.

Outras fontes • Le Progrés, BFM Lyon

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