Os cereais ucranianos vão continuar a entrar na União Europeia livres de taxas aduaneiras. Países vizinhos vão ser compensados.
Após duas semanas de intensas negociações, Bruxelas chegou a acordo com cinco Estados-membros, lesados pela entrada de toneladas de cereais mais baratos vindos da Ucrânia.
O vice-presidente executivo da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, anunciou, esta sexta-feira, que o acordo, que vai estar em vigor durante um ano, contempla a importação de trigo, milho, colza e sementes de girassol.
Aos agricultores lesados da União Europeia, a Comissão vai apoiar com um pacote financeiro de 100 milhões de euros.
Em contrapartida, Polónia, Hungria, Eslováquia, Roménia e Bulgária ficam impedidas de estabelecer acordos unilaterais para travar a importação.
O fim das taxas aduaneiras visava escoar via terrestre a produção ucraniana bloqueada pela Rússia nos portos do Mar Negro.
A medida, tomada para impedir o agravamento da crise alimentar, tem sido fortemente contestada pelos produtores dos países do leste europeu