Zelenskyy quer Rússia no banco dos réus

Volodymyr Zelenskyy na base militar de Soesterberg, Países Baixos
Volodymyr Zelenskyy na base militar de Soesterberg, Países Baixos Direitos de autor Yves Herman/Reuters
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De  Nara Madeira com AP, AFP, DPA
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Zelenskyy quer a Rússia julgada pelo Tribunal Penal Internacional, em Haia.

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Durante a visita aos Países Baixos, o Presidente Volodymyr Zelenskyy instou o Tribunal Penal Internacional a julgar a Rússia pela invasão da Ucrânia.

Depois de fazê-lo em Haia, horas antes, o chefe de Estado ucraniano voltou "à carga" na visita à base aérea de Soesterberg. Ladeado pelo primeiro-ministro neerlandês, Mark Rutte, e a ministra da Defesa, Kajsa Ollongren - que garantiu que o seu país está "determinado a continuar a apoiar a Ucrânia e o povo ucraniano nos seus esforços para resistir à agressão russa" -Zelenskyy pediu Justiça, no caminho para vencer a guerra.

Efetivamente, o trabalho dos vossos peritos forenses ajuda a investigar os crimes de guerra russos e a recolher as provas necessárias para os levar ao principal: à Justiça. Tudo isto torna a nossa vitória mais próxima, a nossa vitória comum.
Volodymyr Zelenksyy
Presidente da Ucrânia

Os Países Baixos disponibilizaram, ao TPI, uma unidade forense móvel para investigar potenciais crimes na Ucrânia, que a detentora da pasta da Defesa dos Países Baixos descreve como "crucial para levar os responsáveis à justiça".

Em Haia, num encontro com juízes do TPI, Zelenskyy afirmou que prsidente russo "merece ser condenado pelas suas ações criminosas" e instou a comunidade internacional a responsabilizar Vladimir Putin.

Em Março, o TPI emitiu um mandado de captura contra Putin por crimes de guerra, acusando-o de responsabilidade pessoal pelos raptos de crianças da Ucrânia. Foi a primeira vez que este órgão tomou este tipo de decisão contra um líder de um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU.

Ataques russos à Ucrânia continuam

No terreno prossegue a investida russa por terras ucranianas. As bombas de Moscovo voltaram a cair sobre Kiev, pela segunda noite consecutiva. Resposta, mantém a Rússia, a um ataque com um drone ao Kremlin. 

A cidade de Bakhmut continuava a ser o ponto central dos combates, De acordo com as autoridades militares ucranianas, cerca de 50 ataques russos foram repelidos perto de Bachmut, Limansk e Marjinka. As mesmas fontes afirmavam que "as forças de ocupação russas continuam a sofrer pesadas baixas no campo de batalha e todas as instalações médicas, nas áreas temporariamente ocupadas, estão a transbordar de soldados da ocupação feridos". Afirmações não verificadas de forma independente.

Também na quinta-feira, a força aérea ucraniana diz ter sido forçada a abater, na capital do país, um dos seus drones após perder o controlo do aparelho. Um fragmento terá caído num centro comercial e provocado um incêndio.

Rússia prepara parada do "Dia da Vitória"

Em Moscovo, decorrem os ensaios para a principal parada militar que celebra a vitória na Segunda Guerra Mundial. O desfile decorrerá, como previsto, apesar das alegações de que o Presidente Putin era o alvo de drones ucranianos que sobrevoaram o Kremlin.

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