Prolongado acordo para Ucrânia exportar cereais no Mar Negro

Carregamento de cereais ucranianos
Carregamento de cereais ucranianos Direitos de autor AP Photo/Andrew Kravchenko
De  Euronews
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Rússia ratificou o acordo que, nos próximos dois meses, vai permitir à Ucrânia continuar a exportar cereais via marítima.

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A Ucrânia vai continuar a poder exportar cereais através do Mar Negro por mais dois meses. A Rússia aceitou prolongar o acordo que, desde o verão passado, permite a Kiev escoar via marítima os cereais retidos no país por causa da guerra.

A prorrogação foi negociada pelas Nações Unidas e pela Turquia, cujo presidente, Recep Tayyip Erdogan, fez questão de "dar boas notícias ao mundo".

"Com os esforços do nosso país, o apoio dos nossos amigos russos e a contribuição dos nossos amigos ucranianos, o acordo para a exportação de cereais através Mar Negro foi prorrogado por mais dois meses", declarou o presidente turco.

O consenso chega um dia antes de a Rússia abandonar o acordo, após Moscovoter acusado a comunidade internacional de estar a dificultar a exportação de alimentos e fertilizantes russos.

"Congratulo-me com o facto de a Federação russa ter confirmado a sua participação na Iniciativa para o Mar Negro por mais 60 dias. Mesmo nas horas mais sombrias, há sempre um farol de esperança e uma oportunidade para encontrar soluções que beneficiem toda a gente"

Perante o cenário - por agora dissipado- do agravamento de uma crise alimentar, também o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, felicitou a prorrogação do pacto.

"Estes acordos são importantes para a segurança alimentar mundial. Os produtos ucranianos e russos alimentam o mundo. No âmbito da Iniciativa do Mar Negro, foram exportados mais de [30] milhões de toneladas de alimentos. Os fornecimentos vitais de alimentos estão a chegar a algumas das pessoas e locais mais vulneráveis do mundo, incluindo 30 mil toneladas de trigo que acabaram de sair da Ucrânia a bordo de um navio fretado pelo PAM para alimentar pessoas famintas no Sudão".

A Rússia adverte no entanto para problemas técnicos do acordo, que ainda precisam de ser resolvidos. Eventuais concessões feitas a Moscovo não foram mencionadas.

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