Autoridades alertam que balanço é ainda provisório, já que há um número indeterminado de desaparecidos
Dezassete mortos no território controlado pela Rússia e outros dez nas áreas sob controlo de Kiev, para além de um número indeterminado de desaparecidos: o balanço provisório do colapso da barragem de Kakhovka não pára de aumentar, tal como a ira contra os responsáveis.
Vasyl, residente de Chornobaivka: "Essas criaturas arruinaram as nossas plantações. Nada crescerá aqui nos próximos 10 anos. É um desastre ambiental, uma destruição ecológica."
Na aldeia de Afanasiyivka, uma das mais afetadas na região de Kherson, Yuriy não dúvida de que as forças russas estão por trás da explosão na barragem.
Yuriy, residente de Afanasiyivka:"Se o Estado puder, vai ajudar. Mas se não puder, então que ajude os nossos soldados a expulsar os moscovitas."
Milhares de pessoas tiveram de ser deslocadas das zonas inundadas. Nas áreas controladas por Kiev, a organização humanitária israelo-ucraniana Frida já ofereceu assistência médica a mais de 900 pessoas.
Mark Neviazhsky, projeto "Frida": "A maior parte das pessoas estava simplesmente cansada. São idosos, com mais de 80 ou 90 anos, para os quais as últimas horas - evacuados através de janelas, atravessando rios - foram muito difíceis e eles sentiram-no."
Moscovo e Kiev culpam-se mutuamente pelo rebentamento da barragem, que deixou um cenário de devastação ao longo do rio Dnipr, na região de Zaporíjia.
A Ucrânia acusa ainda as forças russas de estarem a saquear as localidades que elas próprias evacuaram.